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Intimamente sinto uma grande vontade

de não mais duvidar do que você me diz

-de acreditar enfim na sua falsidade

e fingir que me iludo em me julgar feliz.

 

quero crer... na inconstância e volubilidade

dos seus olhos azuis ou verdes, não sei bem,

e tentar convencer-me da felicidade

de que é meu seu amor, só meu... de mais ninguém.

 

Quero nessa ilusão – minha íntima esperança

transformar na feliz e invejável certeza

dos que sabem gostar e podem ter confiança.

 

Mas é inútil, bem sei... A dúvida não finda

ao sentir seu olhar e ao ver sua beleza

não sei como confiar em quem nasceu tão linda!

 

 

Para você, garota bonita, aqui fica este soneto e o nome de quem a admira muito.

 

                            José

                           Rio, 14-04-1947

 

 

Esta poesia foi escrita no Álbum de Recordações de Alda, quando ela fazia o curso de Letras Neolatinas na Faculdade Nacional de Filosofia (atual UFRJ)  e era caloura de José, que freqüentava o curso de Filosofia.

No dia 08 de setembro de 1954, Alda e José casaram-se e,recentemente, 08 de setembro de 2004, festejaram suas Bodas de Ouro.

 

 

 

01/10/2004

 

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