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              Um monumento que é uma dádiva da natureza!

 

             Situado dentro do mar, com sete metros de altura, localiza-se entre as praias de Icaraí e das Flechas, em Niterói.

              Os caminhantes que freqüentemente visitam o calçadão de Praia de Icaraí, curiosos, apreciam-no impressionados, talvez, com o formato daquela pedra imitando uma cabeça de índio.

              Ao seu redor, inúmeras outras pedras menores, bem mais baixas, quase todas do mesmo  feitio,  lembrando uma tribo, dão-nos a impressão de índios a boiar, saudando o seuchefe”, á espera, talvez, de alguma ordem vinda do cacique supremo.

               Em 1985,  este  monumento  foi   tombado   pelo   Instituto Nacional do Patrimônio  Artístico  e  Cultural  ( INEPAC), pelo então presidente  do  órgão,  o  engenheiro  Ítalo  Campofiorito, depois  de um abaixo-assinado com cerca de mil assinaturas de moradores da cidade.

              Neste mesmo  ano,  a sua vegetação, que se assemelhava a um cocar indígena, foi  restaurada,  por  iniciativa  de  um  projeto  da Secretaria Municipal de Cultura, Funiarte  e  o  Departamento  de Parques e Jardins, replantando todo o cocar natural  da   pedra que pretendia devolver ao  rochedo  a  formação  vegetal  semelhante  a um cocar  indígena... Até  o  ano  de  1925,    existiam na pedra orquídeasplanta  usada em  larga escala pela tribo de Araribóia; mas, o projeto do paisagista  Carlos  Fernando  Moura  incluía  pitas, bromélias e também orquídeas,  cujas  mudas foram fixadas com arame e escolhidas de modo a se adaptarem bem ao terreno arenoso e às altas temperaturas do local.

              O reflorestamento  da  Pedra  do Índio foi o primeiro a ser feito como restauração de um Patrimônio Cultural Natural, no Estado.

              Na calçada da  praia, foi  colocada uma placa de blindex, onde se  via  o  perfil  do  índio obra  da  “designer”  niteroiense,  Anita Santoro, programadora visual da Prefeitura de  Niterói. Dependendo  do ponto  de  vista  do  observador era  possível  ver  a  Pedra  como se ela estivesse dentro  da  placa Algum  tempo depois,como por encanto, esta placa desapareceu dali e o destino que tomou nunca foi explicado aos niteroienses

            Nem  ao menos o motivo por que foi retirada daquele local.

            E o cocar? Onde está?

            Passaram-se  “alguns" anos  e  todos  nós,  moradores da cidade e seus visitantes, que  por ali passamos, continuamos sem ver o belo ornamento da cabeça do nosso Índio...

            Niterói: 430 anos de existência!

            A nossa  Pedra do Índio, sem o seu cocar ali está, embora bastante danificada pela poluião e depredação.

           E algo de  pior poderá acontecer: em nota publicada pela imprensa local (junho/03), foi divulgado que, segundo estudos geológicos de  rotina ficou constatado que  a  erosão  tem tomado conta da nossa Pedra do Índio, a ponto de causar seu desabamento.

            Felizmente, atentas  ao  problema em  conjunto  com  a Secretaria do Meio Ambiente, as autoridades governamentais do nosso município parece terem consciência de   que,  se  não  forem tomadas medidas urgentes, o pior poderá acontecer: um de nossos cartões postais poderá ser destruído pela própria Mãe Natureza.

           Lutemos,  ainda  que  uma  luta  insana pelo nosso Índiopela nossa Pedra, como se aos nossos ouvidos soassem as palavras do grande poeta brasileiro, o indianista Gonçalves Dias. (1823-1864):

                                     

“Viver é lutar.

   Se o duro combate

Aos fracos abate,

        Aos fortes, aos bravos,

Só pode exaltar!”

 

                              Lutemos pela nossa PEDRA DO ÍNDIO!

 

Professora.Poetisa.Trovadora.Cronista. Haicaísta       

Crônica Premiada em 1º lugar  no Concurso 

"Movimento Literário Mirinha" - Rio Grande- RS

em 2005                                                                                                                                           

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06/03/2004