Mestre,
amigo
e
companheiro.
Aluna
da
Faculdade
de
Filosofia,
Ciências
e
Letras,
agregada
a
então
Universidade
Federal
do
Estado
do
Rio
de
Janeiro,
ainda
magrela
e
tímida,
sempre
quis
ser
Psicóloga.
No
segundo
ano
letivo
um
professor
chamado
Lisboa,
de
Psicologia,
aproximou-se
e
disse-me:
“prepare-se,
você
vai
assumir
minhas
turmas
no
Colégio
São
Vicente
de
Paulo,
pois
fui
convidado
para
a já
Universidade
Federal
Fluminense”.
Incrédula
e
trêmula
passei
a
conviver
com
aquele
homem
incrível,
que,
junto
à
Alda,
poetisa,
professora
de
português,
faziam
uma
dupla
cultural
de
escol.
José
Lisboa
Mendes
Moreira
nasceu
em
Coimbra
e,
ainda
muito
jovem,
veio
para
o
Brasil
e
nunca
mais
voltou
a
Portugal.
Ocupou
todos
os
cargos
importantes
na
área
de
Psicologia
da
Universidade.
Figura
ímpar
,
sempre
pronto
a
ajudar.
Imponente,
porém
de
voz
macia.
Encantava-me
vê-lo,
ainda
recentemente,
de
mãos
dadas
com
Alda,
linda
mulher
de
olhos
verdes.
Seus
encantos
eram
estudar,
escrever
e
cercar
de
amor
sua
filha.
Enchia-se
de
orgulho
quando
falava
da
Fátima,
por
ser
muito
inteligente,
meiga
e
terna.
Nos
últimos
anos
preocupou-se
muito
com
questões
ecológicas
e
com
o
desenvolvimento
sustentável.
Era
um
homem
de
muitos
saberes
e de
muita
sensibilidade.
Lembro-me
como
hoje,
que
no
domingo
de Páscoa
(pp)
ao
sair
da
missa
, na
Igreja
de
São
Judas
Tadeu,
encontrei
o
professor
Lisboa,
agora
acompanhado
da
meiga
Fátima.
Falou-me,
ainda
empertigado,
com
voz
firme:
“que
falta
Alda
me
faz!”.
Professor
Lisboa,
o
senhor
abriu
caminhos
para
mim
e
vários
outros.
Tenho
procurado
retribuir
colaborando
e
incentivando
o
próximo.
Mestre,
fique
em
paz,
o
Senhor
terá
sempre
nosso
carinho.
Saudade,
saudade,
saudade...
OBS:
Texto
originalmente
publicado
no
Boletim
da
ASPI-UFF
(Associação
dos
Professores
Inativos
da
Universidade
Federal
Fluminense)
–
mês
de
agosto/2010
03/09/2010