Dona Alda, quanta saudade sentimos da senhora! O tempo passa célere; entretanto, as marcas de sua personalidade maravilhosa que revelavam uma mulher otimista; uma profissional criativa, competente e generosa; um ser humano com vitalidade psíquica capaz de driblar o enfraquecimento físico, por muitos anos, comprovaram que a senhora foi uma riqueza de Deus em nossas vidas!

          Há pessoas que nascem para ser estrelas a iluminar o caminho de outrem. A senhora, Dona Alda, agia como um lume para seus discípulos e colegas, tanto na rede particular como na rede pública de Ensino. A sua sensibilidade tornava-a uma agente permanente na busca do crescimento pessoal e profissional em prol do outro. Era uma ensinante e, também, uma persistente aprendente no plano intelectual e, principalmente, na arte de viver. Vivia, sempre, em espírito de doação. Fomos testemunhas de inúmeros atos de generosidade advindos de sua parte.

          A sua alma elegante refletia-se na capacidade de ouvir, atentamente, a fala de seu interlocutor, sem fazer distinção do nível social; ao contrário, usava a mesma linguagem do olhar, de forma carinhosa. Aquela referida elegância da alma refletia-se no apuro e capricho com que se apresentava em qualquer ambiente: no trabalho, nos eventos sociais ou, até mesmo, nas caminhadas matinais pelo calçadão da Praia de Icaraí. E aqui, é preciso lembrar o amplo sentido e vivência salutar que Dona Alda devotou à instituição familiar, nas figuras do Professor Lisboa, seu amadíssimo esposo, e da sua preciosa filha, Maria de Fátima, herdeira das qualidades e, especialmente, do pensamento corajoso e arrojado de sua querida mãe.

          Dona Alda, quanta falta sentimos da senhora, de suas orientações profissionais e pessoais, do seu falar repleto de visão futurista, mas com os “pés fincados” no chão. A senhora foi uma mulher sábia que usou as palavras e honrou-as no cotidiano, em prosa e em verso. Selecionava e organizava seu repertório linguístico com o mesmo apuro percebido em seus pertences, mas de forma delicada, sempre!

        Em sua brilhante passagem por nossas vidas, Dona Alda, a sua presença habitou fundo o subterrâneo do coração do pensamento e sua palavra está em nosso mundo interior, de forma indelével. 

 
   

 

 
 
 

Prof. Percy Paraguassu Friedrich
Poetisa e Declamadora

 
 

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03/09/2013