“... dia 17 de dezembro de 1830, Simon Bolívar
( ...) fechou os olhos. Partiu na fragata do sonho
para a viagem definitiva”.

Moacir Werneck de Castro, em O Libertador

 

 

 
 

É uma verdade decorrente da primeira lei da termodinâmica que o homem não tem capacidade para criar ou destruir matéria ou energia. Em conseqüência, não há forma de aumentar o estoque de riqueza do Planeta. Se uma parcela da humanidade acumula riquezas, isso se faz à custa das outras parcelas.

O ritmo desenfreado de produção e consumo dos países ricos se processa a expensas dos países pobres e inviabiliza o desenvolvimento destes. O único caminho viável para os países do Terceiro Mundo é a integração regional.

Não a integração como resultante do processo de internacionalização do capital, pois esta mantém e até reforça a condição de economia dependente e alarga, dentro de cada país, o fosso entre os poucos que possuem muito e os muitos que possuem pouco.

Só a integração de países irmãos, que em condições de igualdade ponham seus recursos em comum, possibilitará um crescimento autônomo com a força necessária para romper a submissão e para viabilizar um novo modelo de alocação de recursos orientado para a satisfação das necessidades básicas de todos e não para o consumo conspícuo de minorias privilegiadas.

Entre os que sonharam para a América Latina uma integração desse tipo, avulta, sem favor algum, a figura ímpar de Simón Bolívar, nascido em Caracas, Venezuela, em 1783. Hoje, 176 anos depois que fechou seus olhos em Santa Marta, Colômbia, ele aparece, cada vez mais, como fanal dos povos latino-americanos.

Ao propor a realização do Congresso do Panamá, o sonho de Bolívar era unir todos os países hispano-americanos. Mais tarde, a inclusão do Brasil na comunidade latino-americana começou a lhe aparecer como fator indispensável para a integração de toda a América Latina. O que ele realmente nunca admitiu foi a união com os Estados Unidos. Sem preconceito ou qualquer antipatia mas pela simples razão de que não seria uma união em termos igualitários e isenta de propósitos hegemônicos.

Pouco antes de morrer, desiludido com a obra de toda a sua vida, escreveu, em carta ao General Juán José Flores: “aquele que serve a uma revolução ara no mar”. Na verdade, o que ele arou foi o futuro .Hoje, para qualquer latino-americano, o patriotismo - entendido como promoção da prosperidade e defesa dos interesses legítimos da pátria – passa, necessariamente, pelos ideais de Bolívar.

 
   

 

 
 
 

Prof. José Lisboa Mendes Moreira

 
 

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03/09/2013