És minha companheira inseparável

em todos os momentos

de minha vida.

Às vezes,  um doce sentimento.

Às vezes, uma lágrima sofrida.

 

 

Na minha infância distante,

eras um meigo sentir

que me fazia radiante,

deixando-me sempre a sorrir.

 

 

Eu gostava quando surgias

porque me fazias lembrar

aqueles momentos alegres

que não mais hão de voltar.

 

 

Mas nossa amizade

em dor se transformou;

tua presença agora

me deixa imersa em descrença

e em diversos momentos

eu lamento o que passou.

Hoje vens a mim

com teu ar dominador,

trazendo tanta maldade

que eu fico triste e sem calor.

 

 

Por que assim te transformaste?

Por que tão triste me deixaste,

fazendo-me esquecer

aqueles bons momentos,

de tanta felicidade?

 

 

Já não mais me dás prazer

como nos tempos de outrora

e por isso eu te rogo

que te vás logo embora,

pois minh’alma sempre chora

quando comigo tu estás,

causando só dor e maldade,

ó amarga saudade!

 

 

 

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06/03/2004