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Observando o cotidiano tão leviano
de minha triste existência
impregnada de tanta ambivalência
tentei jogar o jogo cênico
do real e do absoluto
mesmo sem receber nenhum tributo.

 

Na minha agenda
sem nenhuma subemenda
com um toque exótico
modifiquei meu estilo e inventei em sigilo
um viver paranóico.

 

Porém, minha paixão à vida
mostrou-me as tendências da necessidade
de uma clássica convivência.

 

E por conveniência,
embora num viver artificial,
estou sempre em busca de um alto astral.
Quase celestial!

 

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02/03/2006