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O carro estacionou no meio do jardim.
Era uma bela manhã azul aquela.
O sol, como a dizer: – bem-vinda, amiga,
parecia beijar o rosto dela.

 

Vagarosamente, ela desceu.
Passos tímidos, mas firmes.
Até à varanda caminhou.
Parou. Reparou em volta...
Nos braços, um pequeno tesouro trazia.
Olhou-o com doçura....

 

Por que o semblante da mulher se faz mais lindo
quando ela, em mãe, um dia, se transforma?

 

E ,assim, como quem o laço inaugural
desata, à porta de um palácio,
ela entrou de maneira triunfal
na sala, ricamente iluminada,
toda ela salpicada
com reflexos do alvorecer.

 

Foi comovente o que se passou:
– Meu lindo... apresento a sua casa!
Aqui você viverá com seus pais
que o amam tanto!
E caminhava , tão contente,
mostrando todos os recantos à criança,
revelando cada peça ali presente.
A voz, as palavras – suave canção!

 

Chega, afinal, ao cantinho dele e diz,
sem conter, aos saltos no peito, o coração,
e, as lágrimas, sem nenhuma cerimônia, caindo em profusão:
— é aqui, filho adorado, é aqui que você será muito feliz!!...

 

Agradecido, com o ar de um sorriso nos lábios pequeninos, Guilherme adormeceu...

 

Homenagem a Adriana Rego no dia das mães

em 11/05/03.

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19/11/2005