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Tranqüilo estava o mar naquele doce instante;

suas águas lustrais a todos encantavam.

Parecendo um espelho, era bem fascinante,

sem jamais perceber os olhos que o fitavam.

 

 

Mas Netuno, zangado, o fez apavorante, 

mandando ondas hostis que a todos assustavam;

tomado de furor, fez-se logo gigante

aos que com destemor sempre o desafiavam.

 

 

Ao sentir que aumentava o volume das águas,

enchi-me de pesar e chorei muitas mágoas,

ao ver o pescador, tão triste, a se queixar.

 

 

Sem nenhum alimento e inundado de espanto,

Muitos brincos e anéis eram o seu encanto.

Porém, jamais quis ser...Garimpeiro do Mar!

 

 

 

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16/04/2004